O Lugar Onde Vivo
A pracinha é ponto de fofoca.
A guerra de preços entre os mercados, e o campinho sempre cheio são características de um bairro pequeno, mas de gente feliz.
Na saída de casa, encontramos sempre as mesmas situações: Os idosos se exercitando logo cedo, coisa que nenhum jovem tem coragem de fazer, crianças sem limites, que em vez de irem pra escola vão brincar no vizinho e pessoas desanimadas esperando o “busão” ou “amarelão”, chame-o como quiser. Os alunos não são muito diferentes das pessoas do ponto de ônibus, vão para escola sem vontade nenhuma e talvez pensando: “ O que será que vai ter de merenda hoje ?” ou então “ não vejo a hora de volta pra casa!”
Durante o final de semana , cada um dança a música que os pais tocam.
Uns vão para a igreja pagar seus pecados ou sabe-se Deus, cometer mais ainda.
Outros vão jogar bola e esquecem que tem casa e a mãe precisa mandar o irmão mais novo lá chamá-lo. Outros se reúnem nas ruas e decidem jogar algo, mas como sempre tem um abestalhado para acabar com o jogo, porque sem querer a bendita bola acabou acertando no vizinho que por uma vez a destrói completamente e ainda pergunta: “ Quer levar o resto?”. Pode ser simples, mais todos se reúnem para: jogar, estudar, falar mal dos outros, ou ficar olhando o modelito de cada um e dizer se está na moda ou não. Nas terças, quintas e sábados o lixeiro passa na rua e aí vira uma gritaria, uma correria e os cachorros por sua vez latem e não dão mais paz.
Há também o carteiro que traz atrás de si aquele barulhão , pois os cachorros pressentem sua presença de longe e desatam a latir, já o carteiro tonto pelo assedio dos cães deixa a correspondência, mas quase leva o portão .
Situações engraçadas que sempre acontecem aqui. Morro do meio, lugar simples de gente humilde, tirando uns e outros que vivem do mundo da lua, todos aqui fazem de tudo para serem felizes, apesar de seus problemas.
Nome: Ana Karolina e Andressa.
Série: 9o ano “B”.
EM.Ruben Roberto Schmidlin